quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Desenvolvendo...

Postado por Angela Bernardino às 09:05
Os desafios da Sociedade da Informação em Porto Velho/RO.

TAKAHASHI, Tadao (Org.). Sociedade da informação no Brasil: livro verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000.

 Angela Bernardino da Silva

            Acompanhando o grande crescimento da sociedade da Informação no Brasil, a cidade de Porto Velho/RO hoje contempla serviços informatizados, principalmente nos órgãos públicos, bibliotecas setoriais, atendimento da Lei de acesso a Informação, terminal de atendimento ao cliente em algumas instituições como DETRAN e Eletrobrás, acesso bancário via telefone celular e identificação biométrica para serviços individuais promovendo a celeridade e visando a segurança do cliente e da empresa. Considerando esses aspectos podemos verificar que Porto Velho não é uma cidade ultrapassada quando o quesito é disseminação da informação. Todo material está disponível nas diversas plataformas de divulgação a fim de dar ciência sobre qualquer questão.
            O grande impasse está na segmentação dessas informações, muitas vezes os usuários da internet se perde em meio a tantos dados e não conseguem discernir entre o que é verdadeiro e o que é falso bem como repassa esses dados adiante sem ao menos verificar a procedência.
            A população de Porto Velho, por diversas vezes se desloca a um estabelecimento para resolver algum problema e se depara com a seguinte mensagem do operador “Estamos sem sistema”, esse sem dúvida e um grande problema que acompanha a informatização do setor e em muitos casos não há possibilidade de se fazer a solicitação manual remetendo ao usuário a mensagem “Volte amanhã”. Mas para além desses problemas, algumas instituições estão investindo em softwares e plataformas que permitam aos populares realizarem seus procedimentos em casa, seja através do site da empresa ou do telefone.
            Um fato bem interessante é que cada vez mais as empresas vem apostando na mídia para expor os seus produtos, antes o catálogo de uma loja era um portfólio com fotos impressas em uma pasta, hoje as marcas se mostram no Instagram e/ou Facebook e anunciam no Youtube onde o alcance é maior. No estado de Rondônia pouco se fala sobre vendas online, tais como e-commerce e e-bussiness, mas está caminhando na perspectiva empresarial para aplicação dessas duas ferramentas.
            Se falando em oportunidade no mercado de trabalho, o candidato precisa dominar pelo menos o básico da informática, e estar sempre buscando se aprimorar nos seus conhecimentos para poder avançar dentro da empresa, como esse é um segmento que sempre está em constantes mudanças o mercado logo descarta os candidatos que não sabem manusear os equipamentos. Como resultado dessa disseminação da Informação a perspectiva se pensando no macro é de promover a democratização da informação a todo, mas se tratando no micro, as desigualdades ficam mais acentuadas, pois o acesso ainda não chegou para todos, e as minorias devem ser contempladas com treinamentos para aprender a usar um computador e também devem ter acesso constante a máquina.
            Recentemente houve a substituição da assinatura manual para o reconhecimento da biometria no pleito eleitoral a fim de promover celeridade e segurança no processo. Eu que atuo como mesária desde 2010, acompanhei de perto essa implantação, bem como percebi a exclusão em relação aos leitores que não possuíam biometria suficiente para leitura, no ano de 2014 uma vez que a digital do polegar não era reconhecida havia a oportunidade de tentar com os outros 9 dedos das mãos, já no ano de 216 os dedos foram reduzidos ao polegar e o indicador com apenas 4 tentativas ao todo. Então, observei o processo como um funil que ao mesmo templo que inclui – exclui.
            Em relação a esses processos, como são novos e ainda estão em Beta[1] não possuem regras pré-estabelecidas o que dificulta no processo de segurança causando certo desconforto a alguns usuários.
            O papel do governo frente a essa situação é o de promover o acesso e inserir sem nenhuma forma de segregação todas as pessoas nesse meio de tecnologia, e isso está em andamento, o governo federal investe em sistemas e em equipamentos para as escolas e fomenta discussões por meio de congressos de como essas tecnologias podem alcançar a todos, há recursos específicos para esses casos e em meio a tanto interesse ainda existe uma grande lacuna para se alcançar a população mais carente que acaba não acompanhando todos esses processos evolutivos quando o assunto é tecnologia. Pensando nisso, um projeto foi idealizado pelo Ministério da Cultura e Tecnologia denominado: “A sociedade em Rede”, que tem como objetivo globalizar o acesso das tecnologias de informação contemplando todas as camadas da sociedade promovendo integração social e equidade de oportunidade para todos.




¹Fase de desenvolvimento e testes.

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