Os desafios da Sociedade da Informação em
Porto Velho/RO.
TAKAHASHI, Tadao (Org.). Sociedade da informação no Brasil:
livro verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000.
Angela Bernardino da Silva
Acompanhando o grande crescimento da
sociedade da Informação no Brasil, a cidade de Porto Velho/RO hoje contempla
serviços informatizados, principalmente nos órgãos públicos, bibliotecas
setoriais, atendimento da Lei de acesso a Informação, terminal de atendimento
ao cliente em algumas instituições como DETRAN e Eletrobrás, acesso bancário
via telefone celular e identificação biométrica para serviços individuais
promovendo a celeridade e visando a segurança do cliente e da empresa.
Considerando esses aspectos podemos verificar que Porto Velho não é uma cidade
ultrapassada quando o quesito é disseminação da informação. Todo material está
disponível nas diversas plataformas de divulgação a fim de dar ciência sobre
qualquer questão.
O grande impasse está na segmentação
dessas informações, muitas vezes os usuários da internet se perde em meio a
tantos dados e não conseguem discernir entre o que é verdadeiro e o que é falso
bem como repassa esses dados adiante sem ao menos verificar a procedência.
A população de Porto Velho, por
diversas vezes se desloca a um estabelecimento para resolver algum problema e
se depara com a seguinte mensagem do operador “Estamos sem sistema”, esse sem
dúvida e um grande problema que acompanha a informatização do setor e em muitos
casos não há possibilidade de se fazer a solicitação manual remetendo ao
usuário a mensagem “Volte amanhã”. Mas para além desses problemas, algumas
instituições estão investindo em softwares e plataformas que permitam aos
populares realizarem seus procedimentos em casa, seja através do site da empresa
ou do telefone.
Um fato bem interessante é que cada
vez mais as empresas vem apostando na mídia para expor os seus produtos, antes
o catálogo de uma loja era um portfólio com fotos impressas em uma pasta, hoje
as marcas se mostram no Instagram e/ou
Facebook e anunciam no Youtube onde o alcance é maior. No
estado de Rondônia pouco se fala sobre vendas online, tais como e-commerce
e e-bussiness, mas está caminhando na
perspectiva empresarial para aplicação dessas duas ferramentas.
Se falando em oportunidade no
mercado de trabalho, o candidato precisa dominar pelo menos o básico da
informática, e estar sempre buscando se aprimorar nos seus conhecimentos para
poder avançar dentro da empresa, como esse é um segmento que sempre está em
constantes mudanças o mercado logo descarta os candidatos que não sabem
manusear os equipamentos. Como resultado dessa disseminação da Informação a
perspectiva se pensando no macro é de promover a democratização da informação a
todo, mas se tratando no micro, as desigualdades ficam mais acentuadas, pois o
acesso ainda não chegou para todos, e as minorias devem ser contempladas com
treinamentos para aprender a usar um computador e também devem ter acesso
constante a máquina.
Recentemente houve a substituição da
assinatura manual para o reconhecimento da biometria no pleito eleitoral a fim
de promover celeridade e segurança no processo. Eu que atuo como mesária desde
2010, acompanhei de perto essa implantação, bem como percebi a exclusão em
relação aos leitores que não possuíam biometria suficiente para leitura, no ano
de 2014 uma vez que a digital do polegar não era reconhecida havia a
oportunidade de tentar com os outros 9 dedos das mãos, já no ano de 216 os
dedos foram reduzidos ao polegar e o indicador com apenas 4 tentativas ao todo.
Então, observei o processo como um funil que ao mesmo templo que inclui –
exclui.
Em relação a esses processos, como
são novos e ainda estão em Beta[1]
não possuem regras pré-estabelecidas o que dificulta no processo de segurança
causando certo desconforto a alguns usuários.
O papel do governo frente a essa
situação é o de promover o acesso e inserir sem nenhuma forma de segregação
todas as pessoas nesse meio de tecnologia, e isso está em andamento, o governo
federal investe em sistemas e em equipamentos para as escolas e fomenta
discussões por meio de congressos de como essas tecnologias podem alcançar a
todos, há recursos específicos para esses casos e em meio a tanto interesse
ainda existe uma grande lacuna para se alcançar a população mais carente que
acaba não acompanhando todos esses processos evolutivos quando o assunto é
tecnologia. Pensando nisso, um projeto foi idealizado pelo Ministério da
Cultura e Tecnologia denominado: “A sociedade em Rede”, que tem como objetivo
globalizar o acesso das tecnologias de informação contemplando todas as camadas
da sociedade promovendo integração social e equidade de oportunidade para
todos.
¹Fase de
desenvolvimento e testes.
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