Por: Denise Jocasta
Não, não se
trata da análise ou resumo de um filme...
Isso é o que
vivemos fazendo: Vivemos em busca da felicidade!
Mas, que
felicidade é essa que estamos buscando?
Freud
responderia que essa felicidade é utópica, é algo idealizado, perfeito, e que
não poderia, de forma alguma, ter contato com o fracasso.
Fico me
perguntando se sou realmente feliz e se certas pessoas ao meu lado também são
felizes. São sorrisos irônicos, discursos de “eu gosto de todo mundo”, abraços
e beijos “envenenados”, afirmações do tipo “eu sou feliz”, “to nem aí, eu quero
é sorrir”, tudo isso para que? Para demonstrar uma felicidade que não existe,
porque se demonstrar triste é feio, é motivo para fofoca e interpretações
diversas, enfim, se expor verdadeiramente pode ser constrangedor.
Prova disso
são pessoas que evitam amigos por eles estarem em uma fase ruim, tristes, com
problemas pessoais, e a justificativa é que o amigo é depressivo, negativo, e
se torna mais fácil se afastar do que ajudá-lo, escutá-lo.
Mas
a felicidade não é algo passageiro, ser feliz é duradouro, pelo menos deve ser
mais duradouro do que a tristeza para se dizer uma pessoa feliz.
Há
diversas formas de se sentir feliz. Depende de cada pessoa. Algumas pessoas
ficam felizes em receber um abraço, em fazer compras, em ter um bom emprego, em
ser irônica, em prejudicar os outros. Podemos nos sentir felizes com as mais
diversas atitudes e situações, mas SER feliz, permanecer nesse estado de
espírito, não é tão fácil assim. Ser feliz está além de uma conquista material,
da falsidade, da superioridade. Ser feliz depende da VERDADE. A verdade em
palavras e atitudes provoca uma sensação de leveza, de paz, de “missão
cumprida”.
A
felicidade se confunde com conquistas materiais, com sorrisinhos e abraços e
frases engraçadas divulgadas na internet. Temos necessidade de demonstrar que
somos felizes! Minha preocupação é que essa busca pela felicidade utópica pode
frustrar muitas pessoas. O discurso pode não corresponder à realidade. Podemos
não ser tão felizes quanto demonstramos. E nessa disputa de “divulgar” a
felicidade é que acontece a frustração: Preocupa-se mais em PARECER do que SER,
em comparar com a suposta felicidade do próximo, se sentir inferior.
Não
que seja errado demonstrar ser feliz, apenas devemos ter consciência de que se
ficamos tristes devido a algo não podemos nos sentir fracassados perante o
mundo. Não é errado sentir raiva, tristeza, ansiedade, desde que não seja
prejudicial a você ou ao próximo, isso é normal a todo ser humano. Permita-se
estar feliz ou triste sem sentimento de culpa, sem obrigação. Permita-se ser
você mesmo. Se você será feliz assim, eu não sei, mas será bem mais prazeroso
viver sem precisar cumprir essas exigências das redes sociais...
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