quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Em busca da felicidade

Postado por Angela Bernardino às 08:17

Por: Denise Jocasta

Não, não se trata da análise ou resumo de um filme...
Isso é o que vivemos fazendo: Vivemos em busca da felicidade!
Mas, que felicidade é essa que estamos buscando?
Freud responderia que essa felicidade é utópica, é algo idealizado, perfeito, e que não poderia, de forma alguma, ter contato com o fracasso.
Fico me perguntando se sou realmente feliz e se certas pessoas ao meu lado também são felizes. São sorrisos irônicos, discursos de “eu gosto de todo mundo”, abraços e beijos “envenenados”, afirmações do tipo “eu sou feliz”, “to nem aí, eu quero é sorrir”, tudo isso para que? Para demonstrar uma felicidade que não existe, porque se demonstrar triste é feio, é motivo para fofoca e interpretações diversas, enfim, se expor verdadeiramente pode ser constrangedor.
Prova disso são pessoas que evitam amigos por eles estarem em uma fase ruim, tristes, com problemas pessoais, e a justificativa é que o amigo é depressivo, negativo, e se torna mais fácil se afastar do que ajudá-lo, escutá-lo.
            Mas a felicidade não é algo passageiro, ser feliz é duradouro, pelo menos deve ser mais duradouro do que a tristeza para se dizer uma pessoa feliz.
            Há diversas formas de se sentir feliz. Depende de cada pessoa. Algumas pessoas ficam felizes em receber um abraço, em fazer compras, em ter um bom emprego, em ser irônica, em prejudicar os outros. Podemos nos sentir felizes com as mais diversas atitudes e situações, mas SER feliz, permanecer nesse estado de espírito, não é tão fácil assim. Ser feliz está além de uma conquista material, da falsidade, da superioridade. Ser feliz depende da VERDADE. A verdade em palavras e atitudes provoca uma sensação de leveza, de paz, de “missão cumprida”.
            A felicidade se confunde com conquistas materiais, com sorrisinhos e abraços e frases engraçadas divulgadas na internet. Temos necessidade de demonstrar que somos felizes! Minha preocupação é que essa busca pela felicidade utópica pode frustrar muitas pessoas. O discurso pode não corresponder à realidade. Podemos não ser tão felizes quanto demonstramos. E nessa disputa de “divulgar” a felicidade é que acontece a frustração: Preocupa-se mais em PARECER do que SER, em comparar com a suposta felicidade do próximo, se sentir inferior.
            Não que seja errado demonstrar ser feliz, apenas devemos ter consciência de que se ficamos tristes devido a algo não podemos nos sentir fracassados perante o mundo. Não é errado sentir raiva, tristeza, ansiedade, desde que não seja prejudicial a você ou ao próximo, isso é normal a todo ser humano. Permita-se estar feliz ou triste sem sentimento de culpa, sem obrigação. Permita-se ser você mesmo. Se você será feliz assim, eu não sei, mas será bem mais prazeroso viver sem precisar cumprir essas exigências das redes sociais...

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe seu comentário.

 

Blog da Angela Copyright © 2012 Design by Antonia Sundrani Vinte e poucos